sábado, 2 de novembro de 2013

Enganam-se os que pensam que o comunismo está morto e enterrado

Enganam-se os que pensam que o comunismo está morto e enterrado. Nada mais falso. Se o marxismo económico morreu, o marxismo cultural está mais vivo do que nunca e disseminou-se como um vírus em todos os estratos da sociedade universal.

Muito haveria a dizer sobre o marxismo cultural ou “gramsciano” que vai penetrando lentamente nas mentes sob a forma do “politicamente correcto”. Em poucas décadas, o marxismo cultural tornou-se a única força organizada à escala planetária com influência em múltiplos sectores das sociedades e tradicionais meios de comunicação de massas – televisão e imprensa e nas redes sociais onde se dissemina de forma vertiginosa.

O “politicamente correcto”, é marxismo com tudo o que esta ideologia tem de nefasto: perda de liberdade de expressão, polícia do pensamento, inversão da ordem social e tradicional e, por fim, um Estado totalitário.


Eles actuam onde os comunistas sempre actuaram mas por outros meios. A relação estreita do marxismo económico e o marxismo cultural, são apenas caminhos diversos que visam atingir os mesmos objectivos.

Como pensar que o comunismo já não assombra os cérebros dos vivos se, depois da sua pretensa extinção, toda tentativa para investigar e divulgar a extensão dos seus crimes é condenada publicamente como um pecado imperdoável, um “reaccionarismo” a combater?

Se alguém defendesse publicamente o nazismo, certamente seria banido, perseguido (e muito bem) como portador de patologia mental. O que se passa com os epígonos do comunismo?

Como acreditar que o comunismo desapareceu, quando Álvaro Cunhal e tantos outros comunistas são homenageados não só como grandes figuras da vida intelectual e artística mas como campeões da liberdade e dos direitos humanos e notórios militantes sobem ao poder por via eleitoral em várias nações do Terceiro Mundo?

Não se pense que o perigo comunista desapareceu enquanto se ouvirem apenas críticas muito vagas e genéricas aos múltiplos genocidas que lideraram essa seita assassina enquanto ao mesmo tempo criticam as democracias liberais como o pior dos males.

Ao contrário do nazismo, o movimento comunista internacional não foi desmantelado, nem debilitado, muito menos acusado do que quer que fosse. Na Rússia, em Portugal, mas não só, os comunistas mesmo que a coberto de outras siglas conservam um bom número de cadeiras nos parlamentos e disseminam a sua influência nas respectivas sociedades.

Para além da China, Vietnam, Coreia do Norte, Cuba, também na América Latina, e em África, regimes pró-comunistas chegaram ao poder.

O comunismo não acabou, a múmia de Lenine ainda procria.


O marxismo enquanto ciência e técnica da acção revolucionária, não depende em nada da base económica que o sustenta. 

A esquerda ficou órfã com o fim da Guerra- Fria; derrotados na base económica pelo avanço avassalador do capitalismo, o seu ódio pelo sistema nunca acalmou, apenas se transformou noutras causas.

Aqueles que imaginam ter destruído o marxismo porque refutaram os seus princípios económicos, estão enganados. O marxismo deve ser encarado e estudado como uma cultura. 

E o que dela resulta é tão eficiente que há cerca de um século e meio, o comunismo é o único movimento político organizado unitariamente em escala mundial e dotado de uma consciência clara da sua continuidade bem como das suas metamorfoses estratégicas. Todos os seus pretensos adversários são fenómenos locais e passageiros, incapazes não só de fazer face à máquina compressora do movimento comunista mas até de entendê-lo como um todo.

É interessante observar que nenhuma acção comunista tem jamais um objectivo único e linear. Todas as decisões do comando estratégico comunista são sempre de natureza dialéctica e experimental. De um lado jogam sempre com uma multiplicidade de forças em conflito não interferindo jamais no quadro antes de ter uma visão clara das contradições em jogo e dos múltiplos sentidos em que elas podem ser trabalhadas. 

Repare-se a que ponto vai a “língua dupla comunista”: ao esconderem as suas intenções, por trás das chamadas “minorias” que a sua versão caviar tanto gosta – o multiculturalismo, o ambientalismo, o gaysismo, o feminismo, o racialismo etc…adquiriram um grau de censura no discurso político como nunca poderiam ter imaginado se tivessem declarado abertamente as suas intenções de transformar radicalmente a civilização Ocidental destruindo-lhe os fundamentos. 

Por outro lado, repare-se que estas causas jamais foram defendidas muito menos praticadas nos países comunistas. 

Eis um exemplo da duplicidade estratégica do movimento comunista.


Floriano Mongo

2 comentários:

João Nobre disse...

Publiquei:

http://historiamaximus.blogspot.pt/2013/11/enganam-se-os-que-pensam-que-o.html

Contacto: historiamaximus@hotmail.com

Lura do Grilo disse...

Praticam o mimetismo: disfarçam a força bruta e patrocinam a erosão da moral e da família oferecendo muito progressismo, revolução de mentalidades e direitos. É como a: SIDA esbate as defesas do organismo.