segunda-feira, 31 de março de 2014

A importância da redução do défice

A malta do costume desvaloriza a importância da redução do défice. 

Um défice de 4,9%, como aquele hoje comunicado pelo INE para o ano de 2013, representa um aumento da dívida de cerca de 8 mil milhões de euros.


Nos saudosos anos de 2009 e 2010, registaram-se défices de 10,2% e 9,9%, respectivamente. 


O que, em conjunto, determinou um aumento da dívida de, aproximadamente, 34 mil milhões de euros. Ou seja, mais de metade do empréstimo da Troika ao Estado, cifrado em 66 mil milhões de euros (desconsiderando os 12 MM/€, destinados à recapitalização na banca).

Podemos continuar entretidos com a discussão sobre o não-pagamento/reestruração da dívida. Ou centrar a discussão na diminuição (eliminação...) de acumulação dessa mesma dívida. 


É uma discussão menos popular. Mas bastante mais séria.



Carlos Sá Carneiro


1 comentário:

Anónimo disse...

Fazemos cocó para a reestruturação da dívida como ponto de partida!

E temos de DDE em 28FEV2014 +- 212.000M€

Segundo o critérios de Maastricht a coisa deve ser inferior a 60% do PIB!

Dando de barato que o PIB anda em torno de 165.000M€ temos que 60% da coisa são 99.000M€!

Temos aqui o tecto de dívida: 99.000M€ para o PIB indicado, claro!

Ora 212.000-99.000=113.000M€

temos que reduzir (sem reestruturar prazos e taxas de juros) 113.000 M€ de capital (fora os juros evidentemente)

Se por um qualquer 4º milagre de Fátima (mais avistamentos menos avistamentos de ovni's e etc) Portroikal fosse capaz de gerar uma execução orçamental anual positiva de 1.000M€... Só daqui por 113 anitos é que o capital da dívida era reduzido para o nível do tal tratado faz de conta!

E isto dando de barato que os salafrários que governam utilizam o saldo positivo da ExecOrç para abater dívida (capital)...

Ora passarmos de um OE com saldo negativo de 8.000M€ para um com saldo positivo de 1.000M€ é o quê?